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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

RESUMO INFORMATIVO — Brincar e Mediação na escola - Navarro & Prodocimo



NAVARRO, Mariana Stoeterau; PRODOCIMO, Elaine. Brincar e mediação na escola. Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 2012, vol.34, n.3, pp. 633-648. ISSN 0101-3289. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbce/v34n3/v34n3a08.pdf>. Acesso em 05 Mar. 2014.

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RESUMO: o artigo busca refletir sobre três formas de mediação do brincar a partir de uma pesquisa qualitativa em uma turma de Ed. Infantil.

As autoras chamam a atenção para a cultura “adultocêntrica”, que não reconhece a importância da brincadeira na infância, impondo hábitos que contrariam a brincadeira que, inclusive, é um direito das crianças. Considerando as diferenças geracionais e situacionais das brincadeiras, baseiam-se em Brougère e Vigotsky para pensar a brincadeira como ato subjetivo, livre e criada a partir de uma situação imaginária. Para Brougère, a brincadeira não é inata, é aprendida no contexto social. Para Vigotsky, o brinquedo: proporciona a satisfação de desejos que não podem ser imediatamente satisfeitos; cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança, ou seja, o brinquedo serve de mediador entre a zona de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento potencial; ajuda a criança a desenvolver o pensamento abstrato porque tem um significado específico para ela, que vai além do que ela vê. Brougère defende que há dimensão pedagógica na brincadeira, mas também que há a incerteza, ou seja, não é possível planejar intervenções pedagógicas nas brincadeiras de modo preciso. Para Vigotsky, a utilização de signos e a mediação (relação) diferenciam o homem dos demais animais e, quando pedagógica, a mediação é intencional, explícita e está presente não apenas na interferência do professor em uma atividade mas na atividade docente como um todo. Inclusive, o próprio ambiente escolar deve ser propício para incentivar a brincadeira. Após descrever a sala de aula, as autoras apresentam três situações distintas de mediação, registradas, relatadas e analisadas: preparação do contexto (sem intervenção da professora); o uso de pistas (com intervenção da professora para lançar um desafio para as crianças); participação conjunta (a professora participa da brincadeira). Sobre a primeira situação, Vigotsky diz que preparar o ambiente para brincadeiras significa antecipá-la, criando a zona de desenvolvimento proximal.  Na segunda situação, Wajskop reconhece a importância do adulto para observar e organizar as brincadeiras ou para questionar e enriquecê-la. Já a terceira situação foi planejada e dirigida pela professora, o que pareceu motivar bastante as crianças. Segundo Brougère, a função do educador é justamente essa durante as brincadeiras: preparar o ambiente para que aconteçam. Para Vigotsky,as brincadeiras, em sua maioria, são compostas por lembranças vivenciadas pelas crianças que, ao imitarem os adultos e as situações que eles vivenciam, internalizam conceitos e inserem-se no mundo em que vivem. preparar o ambiente para brincadeiras significa antecipá-la, criando a zona de desenvolvimento proximal.  As autoras destacam, então, a manutenção da liberdade na brincadeira e questionam se a formação docente tem dado a devida importância para esta atividade. Levantam também a importância do brincar mediado pelo professor de Ed. Física, uma vez que a expressão corporal é trabalhada como linguagem. Por fim, destacam que a forma de mediação pode fazer toda a diferença.

domingo, 5 de janeiro de 2014

RESUMO INFORMATIVO E MAPA CONCEITUAL — Competição e cooperação: na procura do equilíbrio - Lovisolo et al




LOVISOLO, Hugo Rodolfo; BORGES, Carlos Nazareno Ferreira;  MUNIZ, Igor Barbarioli. Competição e cooperação: na procura do equilíbrio. Rev. Bras. Ciênc. Esporte [online]. 2013, vol.35, n.1, pp. 129-143. ISSN 2179-3255. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbce/v35n1/a11v35n1.pdf>. Acesso em 04 Mai. 2014. 
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RESUMO: o artigo pretende analisar os discursos que legitimam os jogos cooperativos em detrimento dos jogos competitivos para a disseminação de valores educativos, considerando-se aqui a educação transformadora.

No campo da Ed. Física se multiplica a ideia de transformação da sociedade a partir da transformação dos indivíduos, na escola ou em projetos alternativos, atacando o sistema capitalista e a educação tradicional. Diante disso, os autores apontam a importância tanto da competição quanto da cooperação na Ed. Física. Neste sentido, analisam críticas aos jogos competitivos e a aposta na transformação da sociedade a partir da ênfase nos jogos cooperativos. Problematizam resultados de pesquisas que levantam os benefícios dos jogos cooperativos e a simbologia da competição. E destacam: a preocupação na relação entre jogos competitivos e a violência, os atos desumanos, em especial na educação, problematizando a visão de alguns autores de que os jogos cooperativos poderiam mudar esta realidade; a relação feita entre os jogos competitivos e a manutenção do sistema de organização capitalista, apontando que a cooperação pode ser também fator de aumento na competição. Questionam a cooperação e a solidariedade como valores relacionados sempre a atos positivos, ilustrando a cooperação e solidariedade também entre pessoas que cometem atos ilícitos. Desta forma, é preciso avaliar a cooperação como apenas mais um fator, mas não um fator absoluto. A partir destas considerações, os autores defendem a recuperação da dialética, que apresenta pontos de vista contrários como forma de recuperar o trabalho formativo na Educação, tanto com jogos cooperativos quanto competitivos.